Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) 

Conhecida também como luxação congênita do quadril, a DDQ acontece quando o encaixe do quadril se desenvolve de forma inadequada, o que pode causar uma frouxidão e instabilidade entre a cabeça do fêmur e a bacia (acetábulo). Na presença de fatores de risco como ser pélvica (posição sentada do bebê) e alterações no exame físico, a ultrassonografia de Graf dos quadris é recomendada.  Até os 6 meses de idade o uso do Suspensório de Pavlik é o tratamento de escolha , pois ele mantém o quadril na posição correta, facilitando um desenvolvimento adequado e evitando tratamentos mais invasivos como gessos, alongamentos de tendão e cirurgias. 

Doença de Perthes (Legg-Calvé-Perthes) 

A Doença de Perthes, que geralmente afeta crianças entre quatro e dez anos, ocorre quando o fluxo sanguíneo para a cabeça do fêmur é interrompido, resultando em morte óssea (osteonecrose). Crianças do sexo masculino tendem a ser mais afetadas e a condição pode variar em gravidade. O tratamento inicial inclui a limitação de atividades e carga, fisioterapia , alongamentos e natação para manter a mobilidade do quadril afetado e evitar o colapso da cabeça . No entanto, dependendo da idade e gravidade, casos mais avançados podem precisar de intervenção cirúrgica.

Epifisiólise do Fêmur Proximal 

Essa condição, comum na adolescência, acontece com o crescimento acelerado, quando a placa de crescimento da cabeça do fêmur pode ficar frágil e deslizar,  provocando dor e limitação do movimento. Radiografias são necessárias para estabelecer o diagnóstico , mas nos casos iniciais ou pré-deslizamento a ressonância pode ser solicitada. O tratamento é cirúrgico para estabilização do escorregamento, com o objetivo de evitar deformidades e artrose precoce do quadril (desgaste).