Pé Torto Congênito

O PTC ocorre devido a alterações estruturais nos pés, que causam o encurtamento de músculos e tendões. Embora sua causa exata ainda não seja totalmente compreendida, fatores genéticos e ambientais podem contribuir. É importante destacar que o PTC não é resultado de algo que os pais fizeram ou deixaram de fazer durante a gestação.

O Pé Torto Congênito (PTC) é uma condição ortopédica frequente, presente ao nascimento, com incidência mundial de 1 para cada 100 nascidos vivos. A proporção é de 2 meninos para 1 menina e metade dos casos, ambos os pés são comprometidos. A deformidade é complexa e envolve ossos, músculos e tendões. Essa condição, que não causa dor no bebê, se caracteriza por pés voltados para dentro e para baixo, com rigidez e menor flexibilidade.

Sinais de Alerta

O diagnóstico pode ser feito já na 20ª semana de gestação, por meio do ultrassom morfológico. Ao nascimento, o PTC é identificado pela posição dos pés, que se curvam para dentro e para baixo, e pela rigidez nas articulações dos tornozelos e pés. Além disso, é comum que a panturrilha do bebê seja mais fina e o pé, ligeiramente menor , podendo levar a discrepâncias de tamanho e comprimento nos casos unilaterais.

Tratamento do Pé Torto Congênito: Método Ponseti

O tratamento do PTC é realizado pelo Método Ponseti, que é altamente eficaz e não invasivo. Esse método envolve três fases principais:

Correção com Gessos: Nesta etapa, realizam-se manipulações suaves nos pés, seguidas da aplicação de gessos seriados, que são trocados semanalmente para ajustar gradualmente a posição dos pés. Geralmente, são necessárias de 6 a 12 trocas de gesso, dependendo da gravidade. Na maioria dos casos, é necessário um pequeno procedimento para alongar o tendão calcâneo, seguido de um novo gesso que permanece por três semanas.

Prevenção da Recidiva: Após a correção, o uso de uma órtese de abdução (conhecida como órtese de Dennis-Browne) ajuda a manter o pé na posição correta e evita o retorno da deformidade. Nos primeiros três meses, a órtese com barra abdutora extensível e sapatos de couro é utilizada por 23 horas diárias, e depois passa a ser usada por 14 horas diárias até os quatro anos de idade para evitar recidivas (retorno da deformidade).

Acompanhamento a longo prazo: A criança é monitorada até o fim do crescimento para identificar e corrigir qualquer possível recidiva. Em alguns casos, pequenas cirurgias complementares podem ser necessárias para garantir o alinhamento correto.

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O diagnóstico e o início precoce do tratamento são essenciais para garantir que a criança tenha uma infância sem limitações motoras e possa crescer com mobilidade plena. Agende uma consulta e entenda como o tratamento do PTC pode fazer a diferença na vida do seu filho.